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 A meditação é uma prática que permeia por todas as culturas, principalmente nas tradições religiosas, desde muito tempo. Por exemplo, o cristianismo possui uma prática meditativa chamada de meditação cristã que teve seu início na época dos padres do deserto. Hoje em dia ela vem se desenvolvendo independentemente das religiões, sendo muito praticada fora do cunho religioso.

 As tradições orientais ganham mais destaque quando o assunto é meditação, já que o oriente possui tradições muito mais consolidadas quando se trata de explorar o universo interno humano. Os Vedas, manuscritos hinduístas, estão entre os primeiros registros por escrito sobre meditação. Outras práticas meditativas conhecidas surgiram associadas ao confucionismo, taoísmo e budismo realizadas em países como a China, Nepal e Índia.

 Há registros da época do Império Romano (20 anos a.C.) que Fílon de Alexandria, filósofo judeo-helenista, nomeou práticas espirituais que envolviam atenção e concentração. Já no século XII, a corrente mística contemplativa do islão chamada de sufismo chegou a utilizar palavras sagradas e métodos específicos de meditação, como o controle da respiração.

 No ocidente, estudo da meditação dentro do meio acadêmico científico tem seu início na década de 70 pelos pesquisadores Wallace, Benson e Kabat-Zinn. Eles aprofundaram a visão oriental sobre meditação e criaram um diálogo entre o entendimento científico ocidental e o saber tradicional/milenar oriental, inaugurando movimentos ligados à prática e ao estudo científico da meditação.

 Definir meditação torna-se uma tarefa extremamente complexa, pois existe uma grande variedade de práticas consideradas meditativas, além de ser subjetivo no sentido de que faltam palavras para descrever precisamente uma definição que esteja de acordo com a experiência vivida dentro de um linguajar mais científico. Porém pode-se dizer resumidamente que é uma técnica usada com a finalidade de acalmar a mente, buscar a atenção plena, consciência de si mesmo e do que o rodeia, e foco para o momento presente.

 A meditação é como conhecer profundamente o nosso interior, descobrindo campos até então inconscientes e desconhecidos por nós mesmos, trazendo uma clareza maior sobre quem somos, o que buscamos, onde estamos, nossas escolhas e atitudes. É entender como a mente funciona e treiná-la.

 “Meditar, em filosofia, é encaminharmo-nos do conhecido para o desconhecido, e aqui defrontar o real.” – Paul Valéry

 Meditar pode ser traduzido como a arte de diminuir o turbilhão de pensamentos que passam pela mente, esvaziá-la e trazê-la de volta à própria essência. É através do fortalecimento da consciência que percebemos os padrões de pensamentos, e assim transcendê-los.

 Com os estudos já um pouco mais avançados e ampliados na área científica, sabe-se que a prática meditativa possui muitos benefícios, sendo alguns deles o aumento da capacidade de processamento cerebral e de habilidades variadas, fortalecimento do sistema imunológico, melhora na qualidade do sono, eficiência da oxigenação usada no corpo, melhora nos quadros de colesterol, hipertensão, depressão e ansiedade, controle do stress, entre outros.

 Existem dois tipos de meditação: passiva e ativa. A ativa é quando trazemos foco, presença e atenção plena aos afazeres cotidianos, enquanto que a passiva é quando sentamos imóveis e relaxados, silenciando a mente e direcionando o foco de atenção a uma âncora, que pode ser desde uma respiração até uma visualização. Os tipos de técnicas meditativas a serem utilizadas variam de acordo com o nível de experiência do praticante.