O uso dessa técnica terapêutica existe desde tempos antigos, havendo registros no Oriente e na Europa Antiga. Há relatos, por exemplo, de que por volta de 2500 a.C. as mulheres do Egito Antigo usavam pontos auriculares como método anticoncepcional.
Os escritos de Hipócrates (IV a.C.) também diziam que as incisões realizadas no pavilhão auricular masculino produziam ejaculação escassa, inativa e infecunda, além de existir uma região no dorso da orelha que ao ser estimulada curava a impotência masculina. Em seu livro “O Livro das Epidemias” é indicado como forma de tratamento de processos inflamatórios a punção com estiletes nos vasos auriculares.
O livro referência de acupuntura “Hung Ti Nei Ching” – cânon de medicina do Imperador Amarelo – refere-se ao diagnóstico e tratamento com acupuntura, explicando a relação dos meridianos com a orelha, sendo usados como estimulação para tratar enfermidades internas. Através do reflexo cerebral, o pavilhão auricular mantém relações com os demais órgãos e regiões do corpo.
Em 1947, o médico neurologista francês Dr. Paulo Nogier também estudou e publicou alguns trabalhos sobre a região do pavilhão auricular e sua estreita relação com o restante do organismo, relacionando diversas patologias com diferentes áreas da orelha. Em 1960, seus estudos foram levados à China e uma equipe de médicos de Nanquim verificaram sua exatidão. Em 1990, a auriculoterapia é finalmente reconhecida pela OMS como prática integrativa e complementar da saúde.