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As técnicas de respiração mencionadas aqui são os Pranaymas. Se originaram do quarto ramo do Râja-Yoga ouYoga Clássico, sistematizado por Patañjali, considerado próprio daqueles que possuem o controle da mente.

 “Prāna” significa “força vital” (prā – “muito bem”/na – “ir” ou “viajar”), e “ayama” significa “alongar”, “esticar” ou “estender”. Ou seja, é a força vital que percorre todo o corpo, compondo um ser humano desde o nascimento até a morte, sendo responsável pela função da vida. Neste caso, a doença é vista como um fluxo impróprio de prana, e a morte sua ausência.

 A respiração é uma manifestação do prana. O objetivo principal do Pranayama é focalizar a mente para que seja possível a prática de meditação, assim como também auxilia na prática dos asanas – posturas – no Yoga, já que trabalha com a regulação consciente da respiração.

 Tipos de Pranayama, segundo a psicóloga Maria Cristina Machado Kupfer:

  1. Adhama Prānāyāma: dominar a respiração baixa, prolongando a expiração e inspiração no ritmo mais lento que conseguir.
  • Prāna Kriyá:  respiração completa, aumentando o tempo.
  • Ujjáyi Prānāyāma: respiração completa, contraindo levemente a glote (ar flui com pressão), produzindo um som suave, contínuo, baixo e uniforme como um sussurro.
  • Kapálabháti: carga extra de oxigênio ao cérebro (“crânio brilhante”). Expirar vigorosamente pelas narinas, fazendo bastante ruído e contraindo com força o abdômen. Inspirar de forma completa com suavidade, e soltar novamente o ar com vigor.
  • Bhastiká: respiração abdominal, aumentando o ritmo e contraindo ao máximo o abdômen a cada exalação, produzindo um ruído bem forte e alto.
  • Nádí Shodhana Prānāyāma: purificação dos nádís – canal pelo qual circula o prana pelo corpo. Esvaziar completamente os pulmões, obstruindo a narina direita e inalando pela esquerda. Depois reter o ar nos pulmões. Em seguida inverta, fechando a narina esquerda e exalando pela direita, inspirando pela mesma. Reter o ar nos pulmões novamente. Fechar a narina direita e exalar pela esquerda. Repetir todo o processo até serem completados vinte ciclos.

 Podem-se listar vários efeitos benéficos do Pranayama ao corpo físico, mental e emocional, sendo eles: melhora na capacidade pulmonar, regulação do peso e da digestão, aumento da consciência emocional, redução da desatenção, autoconhecimento, redução da ansiedade e do estresse, entre outros.

 “Se quiseres nutrir um espírito calmo, primeiro regula a tua respiração; pois quando ela está sob controle, o coração fica em paz; mas quando a respiração é espasmódica, então ele fica perturbado. Portanto, antes de tentares qualquer coisa, regula tua respiração, com o que teu temperamento será abrandado e teu espírito acalmado.” _ Kariba Ekken, místico do século XVII