A argila como recurso terapêutico natural tem sido usada há milênios por diversas culturas e tradições, tendo registros desde os tempos da pré-história. Há indícios, por exemplo, dos Homo erectus e Homo neanderthalensis utilizarem mistura de ocres, água e diferentes tipos de lama para aliviar irritações e curar feridas.
Os povos indígenas usam como proteção no corpo dos raios solares em dias muito quentes e para cicatrização de feridas. No Antigo Egito e na Mesopotâmia, a argila era usada para tratar feridas e conter hemorragias. Os egípcios também usavam para o embalsamento de múmias e preservação de alimentos de origem animal. Na Grécia Antiga, Hipócrates (460 a.C.) – pai da Medicina – recomendava a argila, dentre outros recursos minerais, como um dos principais tratamentos naturais para cuidar da saúde. Também ensinava aos seus alunos a forma adequada de utilizá-la.
Galeno (129-201 d.C.), médico e filósofo grego, é considerado o pai da Geoterapia por ter se empenhado em descrever os efeitos terapêuticos da argila. Paracelso (1493-1541), famoso médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista suíço-alemão, também contribuiu para a abrangência e conhecimento da área relacionada ao uso da argila como tratamento de saúde.
Na Idade Contemporânea temos em destaque Raymond Dextreit (1908-2001), médico reconhecido por suas diversas publicações de livros sobre saúde, tendo mais de 40 livros publicados, mas principalmente reconhecido por escrever sobre o poder curativo das argilas.
“Todas as possibilidades de cura, a prevenção, a manutenção da saúde podem ser encontrados na natureza.” – Raymond Dextreit